Uma das áreas mais afetadas é a rua Dona Veridiana, próximo à Santa Casa de Misericórdia, onde os moradores pressionaram a administração dos condomínios a investir em geradores que chegam a custar R$ 3.000 por dia. O síndico de um dos prédios, Francisco Chagas, de 55 anos, destacou a necessidade de manter os elevadores funcionando para atender os idosos que vivem no local.
Além disso, estabelecimentos como uma sorveteria e um restaurante na região também recorreram aos geradores para continuar operando. Os clientes se alegravam ao encontrar esses locais em funcionamento, especialmente em meio ao calor intenso que tem atingido São Paulo nos últimos dias.
A contadora Lúcia Campos, de 34 anos, relatou sua saga em busca de locais com energia elétrica, já que seu apartamento está sem luz e com alimentos estragando. Essa situação se arrasta desde a segunda-feira (18), quando a rede elétrica do centro de São Paulo começou a apresentar problemas. A concessionária de energia Enel afirmou que os problemas foram resolvidos na noite de terça-feira (19), mas uma nova queda de energia atingiu os bairros afetados na quarta-feira.
A Enel detectou uma possível falha na rede subterrânea que atende os bairros impactados e realizou um desligamento preventivo para investigação. Até as 16h, 97% dos clientes tiveram o fornecimento de energia normalizado, enquanto os demais precisaram recorrer aos geradores disponibilizados pela empresa. A situação evidencia a fragilidade do sistema elétrico da cidade em meio a episódios de falhas e apagões.