Nos comunicados das últimas reuniões, o Copom já havia sinalizado que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, estavam prevendo cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas decisões, de forma unânime. A incerteza agora está em saber se os cortes na Selic se encerrarão nesta reunião de março ou se haverá continuidade até o segundo semestre.
De acordo com a mais recente edição do boletim Focus, que realiza uma pesquisa semanal com analistas de mercado, a expectativa é de um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. O mercado financeiro projeta que a Selic encerre o ano em 9% ao ano. A decisão final do Copom será anunciada ao final do dia de hoje.
Em relação à inflação, na ata da última reunião realizada em janeiro, o Copom reconheceu que a desaceleração da economia está perdendo força e reafirmou a intenção de implementar novos cortes na taxa de juros. O Banco Central também destacou a importância de o governo continuar trabalhando para melhorar as contas públicas, como forma de evitar uma possível retomada da inflação.
Além das questões internas, o BC também está atento ao cenário internacional, com a perspectiva de aumento dos juros nos Estados Unidos e a tensão entre Israel e o grupo palestino Hamas. Esses fatores podem dificultar a manutenção dos cortes de 0,5 ponto percentual na Selic por um longo período.
É importante destacar que a taxa Selic é fundamental para as negociações de títulos públicos e serve como referência para as demais taxas da economia. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto para manter a taxa de juros próxima ao valor definido nas reuniões do Copom.
Em resumo, a expectativa é de que haja mais um corte na Selic, com reflexos no mercado financeiro e na economia como um todo. O Copom continuará acompanhando de perto a evolução da economia e tomando as medidas necessárias para garantir a manutenção da estabilidade financeira do país.