O documento, apresentado nesta terça-feira (19), apontou que o ano de 2023 se destacou como o mais quente de todos, superando seus antecessores de forma significativa. Esse ano foi marcado por novos recordes globais de temperatura, com altas expressivas nos oceanos, degelo da Antártida e elevação do nível do mar.
De acordo com a OMM, o ano passado foi, em média, cerca de 1,45°C mais quente do que a média registrada entre 1850 e 1900. Outros estudos, como o observatório Copernicus, da Agência Espacial Europeia, já haviam apontado 2023 como o recordista absoluto de calor, com valores 1,48°C acima dos níveis pré-industriais.
A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, destacou a gravidade dessa situação, observando que a humanidade está prestes a ultrapassar a meta estabelecida no Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. Ela acrescentou que as mudanças climáticas vão além das temperaturas, afetando ecossistemas vitais em todo o planeta.
O relatório também alertou sobre o aumento de eventos climáticos extremos em 2023, como inundações, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais. Além disso, houve um aumento significativo no número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, chegando a 333 milhões.
Apesar do cenário alarmante, os especialistas da OMM ressaltaram a expansão da geração de energia renovável como um ponto positivo. O aumento da capacidade de geração de energia solar, eólica e hidráulica em cerca de 50% em relação a 2022 traz uma “vislumbre de esperança” para as metas de descarbonização.
Diante desse panorama, fica evidente a urgência de ações mais efetivas para combater as mudanças climáticas e minimizar seus impactos na sociedade e no meio ambiente. A comunidade internacional precisa se mobilizar para enfrentar esse desafio global e garantir um futuro sustentável para as gerações futuras.