Relatório aponta que apenas 10 países atendem padrões da OMS para poluição do ar, destacando desafios globais de qualidade do ar.

No ano passado, apenas 10 países e territórios conseguiram atingir os padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação à poluição do ar, de acordo com dados compilados pela empresa suíça IQAir. Essa informação é alarmante, considerando que a poluição do ar é um problema grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O principal foco desse estudo foi a poluição por material particulado fino, conhecido como PM2.5, que são partículas sólidas com menos de 2,5 micrômetros de tamanho e que podem penetrar na corrente sanguínea, causando danos à saúde e levando a milhões de mortes prematuras a cada ano. A CEO da IQAir, Glory Dolphin Hammes, ressaltou que a poluição do ar e as mudanças climáticas têm a mesma causa: os combustíveis fósseis.

Os países que conseguiram atingir as diretrizes da OMS são principalmente ilhas, Austrália, Finlândia e Estônia, enquanto aqueles que não atingiram os padrões recomendados estão concentrados na Ásia e África. No ranking da IQAir para 2023, os quatro países mais poluídos foram Bangladesh, Paquistão, Índia e Tajiquistão, que estão localizados no sul e centro da Ásia.

Um cenário preocupante foi observado na China, que registrou um aumento de 6,3% na poluição do ar em comparação com o ano anterior, revertendo ganhos recentes obtidos nos últimos cinco anos. Esse aumento pode ser atribuído, em parte, à reabertura da economia chinesa após os impactos da pandemia.

Outro fator relevante destacado no estudo é a fumaça de incêndios florestais, que tem se tornado um problema crescente em várias regiões do mundo. Incêndios no Canadá e nos Estados Unidos causaram danos significativos à qualidade do ar, afetando a saúde de milhões de pessoas.

É importante ressaltar que a exposição à poluição do ar, mesmo que em curtos períodos, pode ser extremamente prejudicial à saúde, especialmente para pessoas mais vulneráveis, como bebês, idosos e indivíduos com comorbidades. Estudos recentes indicam que a exposição a curto prazo ao PM2.5 pode resultar em um milhão de mortes prematuras por ano em todo o mundo, especialmente em regiões como Ásia e África Ocidental.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que os governos e entidades de saúde em todo o mundo adotem medidas eficazes para combater a poluição do ar, visando proteger a saúde e bem-estar da população global. Ações urgentes são necessárias para reduzir os índices de poluição e garantir um ar mais saudável para todos.

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