Presidente do Banco do Japão mantém política acomodatícia mesmo após aumento de juros e fim de taxas negativas.

O presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, fez declarações importantes nesta terça-feira, 19, em relação à política monetária do país. Após o encerramento da política de taxas negativas e a elevação dos juros pela primeira vez em 17 anos, Ueda garantiu que as condições monetárias ainda serão acomodatícias. No entanto, ele ressaltou que o BoJ considerará novas altas nas taxas se a perspectiva de preços se fortalecer.

Durante uma coletiva de imprensa, Ueda enfatizou que a instituição continuará utilizando as taxas de curto prazo como sua principal ferramenta na condução da política monetária. Ele afirmou que não há expectativas de grandes aumentos nas taxas de depósito e de empréstimo. Além disso, Ueda reiterou a importância do cumprimento sustentável e estável da meta de inflação, destacando que isso está próximo de ser alcançado.

Em relação às futuras medidas do BoJ, Ueda mencionou a possibilidade de recorrer a ferramentas anteriormente utilizadas, caso haja necessidade de uma nova flexibilização da política monetária. Apesar de ter decidido remover o instrumento de controle da curva de juros de 10 anos, o BoJ continuará comprando títulos do governo japonês. No entanto, o presidente do banco sinalizou a intenção de reduzir essas compras no futuro, mas não a curto prazo.

Outro ponto levantado por Ueda foi a questão do iene mais fraco e seu potencial impacto nos preços e na economia. O presidente do BoJ afirmou que a instituição monitorará de perto essa situação e considerará uma resposta caso seja necessário. Em resumo, as declarações de Kazuo Ueda destacam a postura cautelosa e a atenção constante do Banco do Japão em relação à política monetária e às condições econômicas do país.

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