Em entrevista à Agência Brasil, Corrêa do Lago destacou o papel do Brasil como ponte entre nações ricas e pobres, devido ao seu perfil socioeconômico diversificado. Ele ressaltou a importância das negociações em fóruns internacionais, como o G20, Brics+ e a COP, para abordar questões relacionadas ao clima e ao desenvolvimento sustentável.
O embaixador reconheceu que o desmatamento na Amazônia é um desafio para o Brasil, mas afirmou que o país caminha para resolver o problema e se equiparar aos demais países em relação à emissão de gases poluentes. Ele também enfatizou o papel dos biocombustíveis no combate às mudanças climáticas, ressaltando a posição privilegiada do Brasil na produção e uso dessas fontes de energia renovável.
No entanto, Corrêa do Lago destacou que o sucesso do Brasil nessa área pode gerar reações adversas de outros países e se comprometeu a levar a discussão sobre os biocombustíveis para o G20. Além disso, ele enfatizou a importância do financiamento para países de renda média no enfrentamento das mudanças climáticas, para garantir que essas nações tenham recursos necessários para implementar medidas sustentáveis.
O embaixador ressaltou ainda o papel da ciência e da academia, destacando a importância da interdisciplinaridade para encontrar soluções eficazes para os desafios ambientais e climáticos atuais e futuros. A diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, também enfatizou a importância de formar alunos com uma visão ampla e interdisciplinar para enfrentar os desafios do aquecimento global.
Diante dessas questões, é fundamental que a comunidade internacional trabalhe de forma colaborativa e integrada para enfrentar os desafios do aquecimento global e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.