Onda de calor recorde no Rio de Janeiro alerta para urgência no combate ao aquecimento global, diz embaixador

O aumento das temperaturas globais tem sido um alerta constante para a comunidade internacional, com eventos extremos como a onda de calor que atingiu Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último domingo (17). Moradores enfrentaram uma sensação térmica de 62,3°C, um recorde na cidade. O embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, ressaltou a importância de sentir na pele os efeitos do aquecimento global como um gatilho para a necessidade de urgência no combate às mudanças climáticas.

Em entrevista à Agência Brasil, Corrêa do Lago destacou o papel do Brasil como ponte entre nações ricas e pobres, devido ao seu perfil socioeconômico diversificado. Ele ressaltou a importância das negociações em fóruns internacionais, como o G20, Brics+ e a COP, para abordar questões relacionadas ao clima e ao desenvolvimento sustentável.

O embaixador reconheceu que o desmatamento na Amazônia é um desafio para o Brasil, mas afirmou que o país caminha para resolver o problema e se equiparar aos demais países em relação à emissão de gases poluentes. Ele também enfatizou o papel dos biocombustíveis no combate às mudanças climáticas, ressaltando a posição privilegiada do Brasil na produção e uso dessas fontes de energia renovável.

No entanto, Corrêa do Lago destacou que o sucesso do Brasil nessa área pode gerar reações adversas de outros países e se comprometeu a levar a discussão sobre os biocombustíveis para o G20. Além disso, ele enfatizou a importância do financiamento para países de renda média no enfrentamento das mudanças climáticas, para garantir que essas nações tenham recursos necessários para implementar medidas sustentáveis.

O embaixador ressaltou ainda o papel da ciência e da academia, destacando a importância da interdisciplinaridade para encontrar soluções eficazes para os desafios ambientais e climáticos atuais e futuros. A diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, também enfatizou a importância de formar alunos com uma visão ampla e interdisciplinar para enfrentar os desafios do aquecimento global.

Diante dessas questões, é fundamental que a comunidade internacional trabalhe de forma colaborativa e integrada para enfrentar os desafios do aquecimento global e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.

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