O primeiro evento foi a fuga de dois presos da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, ocorrida logo no início de fevereiro, durante a gestão de Lewandowski, indicado pelo presidente Lula. Essa fuga trouxe à tona questões sobre a precariedade das condições no presídio, que já existiam desde administrações anteriores.
O segundo evento inédito ocorreu recentemente, quando o ministro anunciou de forma oficial a homologação de um acordo de colaboração premiada. Essa homologação, realizada a partir de uma delação feita por Ronnie Lessa, preso sob a acusação de ser o executor do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi um marco na gestão de Lewandowski.
A convocação da imprensa para fazer o anúncio oficial da homologação da delação ocorreu logo após uma reunião ministerial de Lula com seus ministros, incluindo Lewandowski, e também após a divulgação de pesquisas que apontam a segurança como um dos motivos da queda de avaliação do governo.
Durante o encontro, o ministro defendeu a responsabilidade dos estados e municípios na questão da segurança pública, minimizando as críticas ao governo federal. No entanto, a segurança continua sendo um tema sensível e estratégico para a gestão de Lula, especialmente diante das eleições municipais que se aproximam.
A escolha de Lewandowski para o Ministério da Justiça foi interpretada como um reforço nas relações com o STF, deixando a segurança em segundo plano inicialmente. No entanto, o cenário político mostra a importância de pautas positivas na área de segurança para enfrentar o contexto do bolsonarismo.
Em resumo, a gestão de Ricardo Lewandowski à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública tem sido marcada por desafios inéditos e a necessidade de lidar com questões sensíveis e estratégicas para o governo federal. A condução desses eventos e a forma como o ministro aborda esses desafios serão cruciais para o desempenho do governo nas próximas eleições municipais e no cenário político nacional como um todo.