Demanda por testes de dengue aumenta nas cidades da região do ABC, mas municípios garantem que há estoque suficiente.

As prefeituras das cidades do Grande ABC garantem que não há falta de testes para detecção da dengue, apesar da alta demanda. A maioria dos testes realizados são sorológicos, que levam mais tempo para apresentar um resultado, enquanto algumas cidades já adotam os testes rápidos e outras estão em processo de aquisição desse tipo de exame. Segundo as administrações municipais, a demanda é grande, porém é o critério médico que determina se o teste deve ser realizado.

Os testes para dengue não são fornecidos pelo Estado ou pelo Ministério da Saúde, sendo responsabilidade das prefeituras adquirir os testes no mercado. Em São Bernardo do Campo, por exemplo, a Prefeitura informa que está em processo de licitação para a compra de novos testes rápidos de dengue, realizando atualmente a sorologia para a detecção da doença nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h).

Em Rio Grande da Serra, os testes também não estão disponíveis, sendo realizados apenas testes de sorologia e a “prova do laço” para verificar fragilidade dos vasos sanguíneos. Já em Diadema, os testes rápidos são aplicados nas unidades básicas de saúde, hospital público e pronto socorro municipal nos primeiros três dias de sintomas do paciente.

Santo André é a única cidade do ABC que possui um Centro de Referência para Dengue, onde são atendidos pacientes com suspeitas da doença. O município realiza cerca de 200 testes por dia e afirma não ter dificuldades em encontrar o material no mercado.

A cidade de São Caetano do Sul também garante que não enfrenta falta de testes, com estoque disponível para 30 dias. A prefeitura destaca que os testes são indicados pelo médico após avaliação do paciente, e estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde. A administração destaca a existência do Tele Dengue, um canal via whatsapp para prestação de informações e avaliação de sintomas relacionados à dengue.

Apesar das afirmativas das prefeituras, alguns moradores relatam dificuldades em obter os testes. Em São Caetano, um morador relatou que não conseguiram realizar o teste na UPA da cidade, apesar da suspeita de dengue por parte da médica que os atendeu. Isso levanta questionamentos sobre a possível subnotificação de casos de dengue devido à falta de testes disponíveis em algumas unidades de saúde, evidenciando a importância da garantia do acesso aos exames para um controle eficaz da doença.

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