Os pacientes, em grande parte usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), expressaram sua decepção e apreensão diante da incerteza sobre a remarcação dos serviços adiados. Muitos deles aguardavam há meses por consultas com especialistas, como o caso de Eliane Dezembro, que saiu de Rio Claro, interior de São Paulo, para levar seu filho Breno, de 11 anos, em consulta com um reumatologista pediátrico.
Eliane relatou ter esperado desde abril de 2023 por essa consulta, já que seu filho apresenta dores crônicas sem diagnóstico. A falta de aviso prévio sobre a suspensão dos atendimentos gerou questionamentos por parte dos pacientes, que se viram em situações de desconforto e incerteza, como a espera na calçada por transporte de volta às suas cidades.
A Santa Casa afirmou que os atendimentos serão remarcados, porém não divulgou o número de pacientes afetados pela suspensão dos serviços. A energia elétrica foi restabelecida na manhã de terça-feira, mas não foi esclarecido se os atendimentos foram retomados. A Enel, concessionária de energia, enviou geradores ao local para garantir o funcionamento das áreas de urgência e emergência do hospital.
O apagão que atingiu os bairros da região central de São Paulo completou 24 horas na manhã de terça-feira, afetando parte dos clientes da Enel. Moradores e estabelecimentos comerciais continuam sem energia em alguns locais. A causa do apagão está sendo investigada pelas empresas responsáveis, mas a falta de aviso prévio e a repercussão nos serviços de saúde geraram impactos significativos na rotina dos pacientes da Santa Casa.