A decisão foi proferida pelo juiz Alexandre Abrahão Teixeira, do Terceiro Tribunal do Júri, que considerou que os policiais agiram em legítima defesa, alegando que estavam trocando tiros com traficantes no momento do ocorrido. O juiz destacou em sua sentença: “Os acusados agiram em legítima defesa para repelir a injusta agressão provocada pelos criminosos, incorrendo em erro na execução, atingindo pessoa diversa da pretendida”.
Os inocentados foram o capitão Rodrigo Medeiros Boaventura e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno. Além deles, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, o sargento Alex Sandro da Silva Alves e o cabo Gustavo Ribeiro Meirelles também foram absolvidos da acusação de terem removido o corpo de Cláudia do local do crime.
De acordo com o juiz Teixeira, os policiais tentaram socorrer a vítima imediatamente, apesar da interferência de populares. Claudia, que deixou quatro filhos, foi baleada no pescoço e nas costas enquanto ia comprar pão e acabou falecendo no Hospital Carlos Chagas, na zona norte da cidade.
Um vídeo gravado por um homem mostrou o momento em que Claudia foi arrastada pela rua, pendurada no para-choque do veículo policial, o que gerou grande repercussão. A família da vítima recebeu uma indenização por danos morais e materiais do governo.
O juiz ressaltou na decisão que o projétil que atingiu Claudia não foi encontrado para confronto balístico e que o local onde os PMs estavam era de difícil visibilidade, em uma região densa de mata. A mesma sentença condenou Ronald Felipe dos Santos, apontado como o traficante que trocou tiros com os policiais, mas ele está foragido da Justiça.