A preocupação dos gestores está relacionada ao rápido crescimento no número de casos de Dengue, influenciado pelo clima quente e propício à proliferação do mosquito transmissor. A urgência em tomar medidas para conter a disseminação da doença levou à especulação sobre a possível declaração de estado de emergência na região.
A decisão de decretar emergência ocorre no mesmo momento em que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou o documento para a capital, que já registra 414 casos para cada 100 mil habitantes. A OMS considera cenário de endemia quando há 300 casos para cada 100 mil habitantes. Até o momento, São Paulo contabiliza 11 óbitos associados à Dengue.
Os dados do Governo do Estado de São Paulo apontam para 9.895 notificações e 3.792 casos confirmados na região do ABC. Três mortes estão em investigação para determinar a causa.
Além do impacto na saúde pública, a declaração de emergência pode viabilizar a obtenção de recursos financeiros do Ministério da Saúde. A expectativa é de que as cidades consorciadas recebam apoio financeiro para investir no combate à Dengue. Diadema e Mauá, por exemplo, poderiam receber mais de R$ 700 mil e R$ 800 mil, respectivamente.
Caso o estado de emergência seja decretado, a região poderá contar com medidas de apoio semelhantes às adotadas durante a pandemia de Covid-19. A flexibilização de processos de compras de medicamentos e contratação de pessoal, sem necessidade de licitação, poderá agilizar a resposta ao surto de Dengue. O Consórcio ABC está empenhado em fortalecer o combate aos focos do mosquito, visando a proteção da população regional.