Essa abordagem faz parte de um ramo da ciência chamado geoengenharia, que busca intervir no sistema climático da Terra para neutralizar os danos causados pela ação humana. Enquanto a maioria dos esforços concentra-se na retenção de gases do efeito estufa, como plantar árvores e enterrar carbono no subsolo, essa iniciativa vai além, buscando reduzir a energia absorvida pela Terra.
Apesar de muitos cientistas serem contrários a esses métodos, alertando para os possíveis efeitos negativos e o desvio de atenção da redução de emissões de carbono, há defensores que acreditam que essa abordagem poderia ser benéfica. O objetivo final do experimento no Ártico é engrossar o gelo marinho para conter ou reverter o derretimento já observado.
Os pesquisadores enfrentam condições adversas, com temperaturas extremamente baixas, enquanto bombeiam água do mar sobre o gelo, promovendo seu congelamento e compactando a neve. A ideia é que, quanto mais espesso for o gelo, mais tempo ele sobreviverá durante o degelo, amenizando os impactos do aquecimento global.
Apesar dos resultados promissores observados em sua pequena área de estudo, os cientistas ainda não sabem se essa abordagem terá um impacto significativo no declínio do gelo marinho do Ártico. Muitos especialistas alertam para os desafios logísticos e ambientais desse projeto, questionando sua viabilidade em uma escala maior.
A geoengenharia é vista como uma alternativa complementar, mas não uma solução definitiva para as mudanças climáticas. Os cortes nas emissões de carbono continuam sendo a principal estratégia para evitar os piores impactos do aquecimento global. No entanto, diante do aquecimento acelerado no Ártico, os pesquisadores buscam soluções inovadoras para mitigar os efeitos do derretimento do gelo marinho, ainda que enfrentem desafios e incertezas em relação a essas técnicas.