Especialistas em segurança pública alertam para a gravidade desses casos, classificados como desaparecimentos forçados, nos quais as vítimas são sequestradas, torturadas e mortas. Os corpos, então, são destruídos ou escondidos, dificultando as investigações e perpetuando a impunidade.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro revelou a relação entre os altos índices de homicídios e desaparecimentos na Baixada Fluminense. Municípios como Queimados e Nova Iguaçu lideram os rankings desses casos, apontando para a atuação violenta de milícias e facções criminosas na região.
A falta de tipificação do crime de desaparecimento forçado no Brasil dificulta a mensuração exata desses casos e pode distorcer as estatísticas de segurança pública. A luta pela tipificação desse crime ganha força, visando possibilitar uma melhor proteção às comunidades afetadas por essas ações criminosas.
Autoridades policiais, como a Polícia Civil do Rio de Janeiro, destacam a existência de unidades especializadas na investigação de desaparecimentos e ressaltam o comprometimento com a resolução desses casos. No entanto, a complexidade dessas ocorrências, envolvendo questões familiares e de saúde mental, demanda uma abordagem multifacetada para a resolução e prevenção desses crimes.
A sociedade civil e os órgãos competentes precisam atuar de forma conjunta para combater os desaparecimentos forçados e garantir a justiça para as vítimas e suas famílias. A tipificação desse crime é um passo fundamental nesse processo, visando a proteção dos direitos humanos e a segurança das comunidades afetadas por essas ações criminosas.