Segundo informações do Ministério da Saúde, a disponibilização da Tafenoquina 150 mg na rede pública representa um avanço significativo para a população, pois se trata de um tratamento mais rápido e eficaz. O material já chegou a Roraima em quantidade suficiente para atender às necessidades da população local nos próximos seis meses.
Essa conquista é fruto de uma articulação entre áreas de pesquisa, vigilância em saúde, e incorporação tecnológica e logística. Um total de 8 mil esquemas de tratamento foi enviado ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, onde a malária ainda é uma doença endêmica. No ano passado, foram notificados 30.972 casos de malária no DSEI Yanomami, dos quais 21.685 foram de malária vivax, para os quais a Tafenoquina 150mg é indicada.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por protozoários e transmitida pela picada do mosquito infectado do gênero Anopheles. É importante ressaltar que a malária está inserida em um grupo de enfermidades conhecidas como doenças de determinação social, que afetam principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade social. Outras doenças desse grupo são a doença de Chagas, tuberculose, hepatites virais e hanseníase.
A disponibilização da Tafenoquina 150 mg é vista como um grande avanço, pois auxilia as equipes de saúde que atuam no combate à malária, facilitando a continuidade do tratamento. Antes, o esquema terapêutico disponível poderia durar de uma a oito semanas, enquanto agora com a nova medicação, é necessária apenas uma dose.
O governo federal está empenhado em desenvolver políticas públicas para eliminar doenças de determinação social até 2030, como a malária, hepatites virais, e outras enfermidades. Um Comitê Interministerial foi instituído para esse fim, com o objetivo de alcançar as metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e erradicar a transmissão de várias doenças até o próximo ano.