Região metropolitana de Belém tem uma pessoa morta por dia por arma de fogo; dados alarmantes são divulgados.

Na região metropolitana de Belém, entre os meses de novembro de 2023 e fevereiro de 2024, a violência armada tem sido um problema grave, com pelo menos uma pessoa morta por dia vítima de arma de fogo. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Fogo Cruzado na última quarta-feira (13), foram registrados 147 tiroteios, resultando em 114 mortos e 38 feridos. Isso significa que em 83% dos casos de tiroteio, alguém foi atingido, e em 4 de cada 10 casos, envolveram policiais.

A cidade de Barcarena chamou atenção por registrar nove pessoas baleadas no período analisado, todas elas falecendo em decorrência dos ferimentos. O cenário de violência na região é alarmante e merece atenção das autoridades responsáveis pela segurança pública.

O levantamento do Instituto Fogo Cruzado revela ainda que houve 21 ataques sobre rodas, com 18 mortos e oito feridos, indicando uma característica típica de disputas entre grupos criminosos. Eryck Batalha, coordenador regional do instituto no Pará, destaca a importância de monitorar esses dados para prevenir possíveis execuções.

Apesar dos números preocupantes, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social da gestão Helder Barbalho (MDB) contesta a metodologia da pesquisa, alegando que não utiliza dados oficiais. No entanto, é importante ressaltar que a violência armada na região metropolitana de Belém está acima da média nacional, com taxas elevadas de mortes por arma de fogo em relação à população.

A análise dos dados aponta um perfil das vítimas de violência armada, sendo em sua maioria homens adultos e negros. O Instituto Fogo Cruzado também destaca a necessidade de políticas de segurança mais eficazes para lidar com o cenário de violência na região.

Com a realização da COP30 em 2025, Belém se prepara para sediar a conferência do clima da ONU, mas enfrenta desafios complexos na área da segurança, como a disputa entre facções criminosas por territórios e rotas de tráfico de drogas ilegais. A construção de uma base fluvial em Barcarena e a chegada do Comando Vermelho à região são indícios dos desafios enfrentados pelas autoridades locais.

O monitoramento e a produção de dados sobre a violência armada são fundamentais para a criação de políticas de segurança mais eficazes e que contribuam para a redução dos índices de homicídios e da letalidade policial na região metropolitana de Belém. Medidas urgentes precisam ser tomadas para garantir a segurança e o bem-estar da população local.

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