A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) destacou o percurso de Jaqueline, que foi a primeira estudante indígena a ser eleita em uma chapa do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e tornar-se coordenadora-geral, uma conquista notável em sua trajetória acadêmica e de militância.
Além de seu trabalho no movimento estudantil, Jaqueline se destacava na defesa das mulheres indígenas, acompanhando denúncias e acolhendo vítimas de violência, encaminhando-as para o escritório modelo de assessoria jurídica da FURG. Sua atuação era marcada pela luta contra o racismo e a busca por uma residência específica para os estudantes indígenas, demonstrando seu comprometimento com as questões sociais.
A página virou de forma trágica para Jaqueline, que, durante uma comemoração de sua formatura em um restaurante na cidade de Rio Grande, foi vítima de um acidente que resultou em queimaduras em 30% do corpo, levando-a a uma batalha que infelizmente veio a falecer recentemente.
A Funai e a APIB destacaram a importância de investigar as circunstâncias do acidente, garantindo que a morte de Jaqueline não fique impune. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas manifestou solidariedade aos amigos e familiares da jovem líder, que estava internada na UTI da Santa Casa de Rio Grande há uma semana, lutando pela vida.
O legado de Jaqueline Tedesco permanecerá vivo nas causas que ela defendeu, refletindo sua força, coragem e compromisso com a luta pelos direitos indígenas e sociais. Sua memória será honrada por aqueles que seguirão sua luta por justiça e igualdade.
