Com 35 anos na época, Diana passou por diversas situações desumanas, trabalhando em jornadas exaustivas sem direitos trabalhistas e sem conhecimento sobre seus direitos como imigrante. Sua vida começou a mudar quando procurou o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Município de São Paulo (STDMSP), onde descobriu que havia outros imigrantes sendo explorados na mesma situação que ela.
Em 2017, Diana se tornou a primeira imigrante sindicalizada no Brasil, graças à nova Lei de Migração que permitiu a associação sindical para imigrantes. Desde então, tem se dedicado a conscientizar trabalhadoras domésticas, imigrantes e brasileiras sobre seus direitos. Além disso, Diana atua na Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e no Conselho Municipal de Imigrantes de São Paulo.
Através de negociações coletivas, rodas de conversa, campanhas de conscientização e mutirões de atendimento, Diana busca garantir que os trabalhadores domésticos, sejam eles imigrantes ou brasileiros, tenham seus direitos respeitados. Sua atuação é fundamental para combater a exploração no trabalho doméstico, especialmente entre os imigrantes vulneráveis.
A trajetória de Diana, marcada por superações e conquistas, é um exemplo de resiliência e determinação. Aos 62 anos, ela se tornou uma representante de sua categoria profissional, lutando contra a exploração e a desigualdade. Sua história é uma inspiração para todos que enfrentam adversidades e buscam uma vida digna e justa.
Neste contexto, iniciativas como o projeto “Towards Equality” destacam a importância de promover a igualdade de gênero e dar visibilidade às histórias de mulheres fortes e determinadas, como Diana Soliz. A luta por direitos e dignidade no trabalho é uma batalha contínua, e pessoas como Diana são fundamentais nesse processo de transformação e empoderamento.