Após a prisão em flagrante de Lima, ele passou por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (14), na qual sua prisão foi convertida para preventiva pelo juiz Pedro Ivo Martins Caruso D’ippolito. Além disso, as advogadas que passaram a representar o acusado solicitaram que ele fosse enviado para um presídio sem influência de facções criminosas.
Segundo os depoimentos prestados pelas testemunhas, Lima teria sequestrado o ônibus após se envolver em uma briga com membros da facção criminosa Comando Vermelho, o que o deixou com medo de represálias. No entanto, ao confundir um grupo de passageiros com policiais, ele disparou contra eles, atingindo gravemente um indivíduo identificado como Bruno Lima da Costa Soares.
Durante a audiência, o comportamento agressivo de Lima em relação aos policiais presentes chamou a atenção do juiz, que destacou a postura dos agentes diante da situação. Um total de 16 pessoas prestaram depoimento sobre o ocorrido no ônibus, relatando momentos de tensão e medo antes da rendição do sequestrador.
Lima exigiu a presença de jornalistas durante o sequestro e ameaçou acionar uma granada, o que aumentou a gravidade da situação. Somente após perceber que o caso estava sendo coberto pela mídia, ele decidiu se entregar pacificamente, entregando a arma a um sargento do Bope que atuava como negociador.
Apesar dos relatos das testemunhas, as advogadas de Lima não foram encontradas para comentar o caso. Ao sair da delegacia, o acusado culpou a polícia pela interrupção de sua viagem, alegando que agentes civis disfarçados teriam atrapalhado seus planos. Com a prisão preventiva decretada, Lima enfrentará as consequências de seus atos perante a justiça.