Em novembro de 2022, Brahma foi condenado a quase 8 anos de prisão por tráfico de drogas, juntamente com outros membros do PCC. De acordo com a sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo, Brahma teria lavado mais de R$ 1,2 bilhão para a facção entre janeiro de 2018 e julho de 2019. Mesmo estando preso, ele é suspeito de continuar dando ordens de dentro da cadeia e foi apontado como um dos responsáveis por um assalto a uma agência do Banco do Brasil em Uberaba (MG) em 2019.
Como resultado da decisão do Departamento do Tesouro dos EUA, todos os bens e ativos de Brahma nos Estados Unidos foram bloqueados, bem como qualquer entidade na qual ele detenha 50% ou mais das ações. Além disso, cidadãos americanos ou qualquer pessoa residente ou em trânsito pelos Estados Unidos estão proibidos de realizar transações envolvendo os bens ou interesses de Brahma.
O subsecretário do Tesouro dos EUA para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, ressaltou a importância do combate ao PCC, uma das organizações de tráfico de drogas mais significativas da região. Nelson esteve em São Paulo no mês de agosto de 2022 para discutir a cooperação com o Ministério Público de São Paulo no combate às organizações criminosas com atuação transnacional.
O acordo entre o Departamento do Tesouro e o MPSP resultou na implementação de um fluxo de informações que possibilita a aplicação de sanções a membros do PCC e empresas usadas pela organização criminosa para a lavagem de dinheiro. A iniciativa representa um importante passo na luta contra o crime organizado transnacional e reforça a cooperação internacional no combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.