Essa decisão vai de encontro à pressão que vinha sofrendo para se unir ao partido de Bolsonaro. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, admitiu que havia essa pressão, mas afirmou que não havia motivos suficientes para Tarcísio sair da legenda atual. O próprio governador já havia mencionado em duas ocasiões, na semana passada, que não pretendia deixar o partido, pelo menos até as eleições municipais deste ano.
Durante uma visita à fábrica da Toyota, em Sorocaba, Tarcísio reforçou que não havia “movimento nenhum a ser feito”, apesar do chamado de Bolsonaro, seu aliado. No entanto, sua proximidade com o ex-presidente tem sido destacada, especialmente após um discurso emocionado durante um evento pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro.
Além da relação com Bolsonaro, outros motivos têm sido apontados como possíveis razões para a mudança de partido por parte de Tarcísio. Uma delas é a insatisfação com a proximidade de Marcos Pereira com o governo de Lula, visando apoio para a eleição à presidência da Câmara. Outro fator é um rearranjo político em Santos, pelo qual o prefeito Rogério Santos pode abrir mão da reeleição em favor de um candidato ligado a figuras como Márcio França e Geraldo Alckmin, do PSB.
Dessa forma, o futuro político de Tarcísio de Freitas permanece incerto, com diversas questões em jogo e pressões vindas de diferentes lados. A decisão final sobre sua permanência no Republicanos ou uma possível migração para o PL ainda está em aberto, mas seu posicionamento inicial indica uma lealdade ao seu partido atual.