Em seu comunicado, Prates enfatizou que falar em “intervenção” na empresa é uma tentativa de criar dissidências, especulação e desinformação. Ele esclareceu que a retenção dos dividendos extras tinha caráter de adiamento e reserva, e que o mercado reagiu de forma nervosa a essa medida.
Na semana anterior, a Petrobras havia anunciado a retenção dos dividendos extras, o que gerou frustração no mercado financeiro. Na sexta-feira, 8, a companhia chegou a perder R$ 56 bilhões em valor de mercado devido ao temor de interferência política do governo na estatal. O presidente Jair Bolsonaro chegou a comentar que a Petrobras não deveria pensar somente nos acionistas, mas também em investimentos.
Prates ressaltou que a Petrobras é uma corporação de capital misto controlada pelo Estado brasileiro, e que o Conselho de Administração exerce seu controle de forma legítima. Ele defendeu a escolha dos conselheiros indicados pela União e pelos trabalhadores, que votaram contra o pagamento dos proventos extraordinários.
Apesar de ser indicado da União, Prates se absteve da votação após sua proposta de pagar 50% dos dividendos e reter os outros 50% ter sido ignorada pelo colegiado. O presidente da Petrobras enfatizou que o Conselho de Administração age orientado pelo presidente da República e seus ministros, e que isso não deve ser interpretado como intervenção indevida.
Em suas considerações finais, Prates reforçou a importância de focar no Plano de Investimentos da companhia, que prevê meio trilhão de reais para os próximos cinco anos. Ele ressaltou a geração de empregos, renda, pesquisa, impostos, lucros e dividendos como objetivos da empresa no futuro.