Instituída na Câmara Municipal de São Paulo por meio da Resolução nº 3/2022, a Frente Parlamentar reuniu organizadores de blocos, produtores, agentes e músicos vinculados ao carnaval da cidade. Dentre as principais discussões levantadas pelos participantes, destacou-se a insatisfação com a atuação da Secretaria Municipal de Cultura na organização do evento, alegando falta de diálogo com a comissão especial formada pela Prefeitura para estabelecer as regras dos desfiles.
Lira Alli, representante do Bloco Vai Quem Quer e do Arrastão dos Blocos, ressaltou a diminuição do protagonismo dos blocos, o confinamento em espaços menores e a falta de mediação entre os interesses dos blocos e dos moradores pela Prefeitura. Além disso, a interlocução com a ouvidoria da Polícia Militar foi destacada como uma iniciativa importante para mitigar a violência policial nos blocos de carnaval.
Outro ponto abordado na reunião foi a distribuição do patrocínio aos blocos, com mais de 120 deles sendo penalizados por não entrarem na lista dos contemplados devido à mudança nos critérios em relação ao ano anterior. Salete Campari enfatizou a frustração de muitos blocos que contavam com esse recurso para participar do evento.
Entre as propostas da vereadora Silvia da Bancada Feminista para os próximos passos da Frente Parlamentar estão a elaboração de um relatório com as críticas e balanço do carnaval deste ano a ser entregue à imprensa, à Prefeitura, ao Ministério Público e à Defensoria Pública. A expectativa é realizar uma série de reuniões no primeiro semestre e uma manifestação dos blocos no segundo semestre, com uma pauta de reivindicações.
A reunião pode ser conferida na íntegra no vídeo disponível acima.
