Essa movimentação é reflexo da retificação da alta do juro curto dos Treasuries, da queda de 5,41% no preço do minério de ferro em Dalian, na China, e da baixa no valor do petróleo. Além disso, os investidores estão atentos às notícias envolvendo empresas como Petrobras e Vale, bem como às questões fiscais do governo.
Um dos destaques do dia é a reunião agendada entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorrerá às 15 horas. Essa reunião acontece após um tombo de 10% nas ações da empresa, motivado pela retenção de dividendos extraordinários do último trimestre de 2023. Esse episódio aumentou a percepção de risco em relação à influência do Palácio do Planalto nas decisões de alocação de capital da estatal.
No âmbito da Vale, o conselho de administração decidiu manter Eduardo Bartolomeu como CEO até dezembro de 2024.
Quanto às contas públicas, o governo pretende utilizar os ganhos de arrecadação no início deste ano para adiar a discussão sobre uma eventual mudança na meta fiscal para o segundo semestre. Essa estratégia busca garantir um ambiente propício para que o Banco Central continue reduzindo a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,25% ao ano.
Com uma agenda do dia vazia, a liquidez do mercado pode diminuir, enquanto os investidores aguardam a divulgação do IPCA e do CPI dos Estados Unidos, ambos referentes a fevereiro e programados para amanhã, assim como o PPI americano, previsto para quinta-feira.
No cenário interno, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o IGP-M recuou 0,54% na primeira prévia de março. Já o IPC-S registrou avanço em duas das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de março.
Por volta das 9h55, o dólar à vista estava sendo cotado a R$ 4,9961, com alta de 0,30%, enquanto o dólar para abril apresentava valorização de 0,23%, sendo negociado a R$ 5,003. A movimentação do mercado cambial seguirá sendo acompanhada ao longo do dia pelos investidores e analistas.
