Falta de sinalização em obras de recapeamento gera risco de acidentes nas ruas de São Paulo.

No final da última segunda-feira (4), pedestres em meio a carros disputavam espaço na congestionada rua Maria Figueiredo, no cruzamento com a avenida Paulista, em São Paulo. O caos era evidente e o risco de acidentes era ainda maior devido à ausência de faixas de segurança.

Segundo Welcia Paixão, síndica do edifício local, a situação perdura há 20 dias, representando um perigo para todos que precisam atravessar a via, incluindo crianças e pessoas com dificuldades de mobilidade. Isso ocorre no contexto do megaprojeto de recapeamento asfáltico realizado pela gestão do prefeito Ricardo Nunes, que já trocou 12 milhões de metros quadrados de asfalto na capital paulista, com um investimento que ultrapassa os R$ 4 bilhões.

No entanto, a recomposição da sinalização horizontal, fundamental para a segurança de pedestres e condutores, enfrenta atrasos. A falta de demarcações adequadas em mais de 20 ruas e avenidas num raio de 8 km a partir da região central foi identificada em uma investigação realizada pela reportagem.

A ausência de sinalização não apenas viola o Código de Trânsito Brasileiro, mas também representa um risco iminente de acidentes. Mesmo com a CET alegando que a repintura ocorre apenas após o término completo do recapeamento, especialistas destacam a importância de demarcações temporárias para garantir a segurança durante as obras.

A falta de faixas de pedestres, lombadas, demarcações de ciclovias e divisões de fluxo são apontadas como especialmente perigosas por engenheiros de tráfego. Além disso, obras inacabadas, como as da avenida Paulista, também preocupam, com desnível no asfalto e calçadas mal conservadas.

Diante desse cenário, a população e especialistas cobram mais rigor na aplicação das normas de engenharia e na fiscalização das obras realizadas pela gestão municipal. A falta de responsabilidade na sinalização pode acarretar em acidentes e, consequentemente, em danos aos cidadãos, que não hesitarão em acionar judicialmente o poder público caso necessário. A segurança no trânsito e a integridade dos pedestres devem ser prioridades de qualquer gestão pública.

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