Além disso, a situação política envolvendo a Petrobras e a meta fiscal também contribuem para a pressão sobre o Índice Bovespa. A reunião agendada entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da estatal petrolífera, Jean Paul Prates, está no radar dos investidores, que acompanham de perto os desdobramentos dessa questão.
As ações da Petrobras tentaram se recuperar, após uma queda de mais de 10% na última sexta-feira, motivada pela divulgação de resultados negativos da empresa e pela instabilidade política. No entanto, a situação da estatal continua gerando incertezas no mercado.
O anúncio de que a Petrobras não pagará dividendos extraordinários e os relatos de interferência política na empresa, especialmente envolvendo o presidente Lula, aumentam o grau de incerteza e preocupação entre os investidores. A questão da autonomia das empresas estatais para tomar decisões sem influências políticas também é colocada em xeque.
Além disso, a Vale também está sob os holofotes, com a confirmação da prorrogação do contrato de seu presidente, Eduardo Bartolomeo. No entanto, as ações da empresa caem em meio à desvalorização do minério de ferro, o que reflete a situação do mercado internacional.
A fala do presidente Lula sobre a possibilidade de ampliar os gastos com obras públicas e as movimentações intervencionistas do governo contribuem para aumentar a incerteza e a desconfiança dos investidores.
Diante desse cenário, o Ibovespa iniciou o dia em queda e a tendência é de continuar sofrendo pressão, principalmente com a agenda econômica esvaziada e com os indicadores que serão divulgados ao longo da semana. A mudança no horário de negociação da B3, com fechamento antecipado, também é um fator a ser considerado pelos investidores.
No momento, o Ibovespa registra uma queda de 0,52%, operando aos 126.410,71 pontos, com os investidores atentos às movimentações do mercado nacional e internacional que podem influenciar o rumo da Bolsa de Valores ao longo do dia.
