O veredito unânime dos jurados foi anunciado no Tribunal Central Criminal de Dublin na última sexta-feira (8), após dias de julgamento. Dois peritos forenses testemunharam que Diego estava sofrendo de insanidade no momento do crime, o que o impediria de ser responsabilizado pelas suas ações. O brasileiro foi encaminhado para um hospital psiquiátrico para avaliação e será apresentado novamente em tribunal no dia 22 de março.
Durante o julgamento, os especialistas Brenda Wright e Mark Joynt afirmaram que o surto psicótico de Diego não estava relacionado ao uso de maconha, mas sim a uma condição persistente de psicose induzida pela substância. Eles também enfatizaram que o acusado não tinha consciência de suas ações no momento do crime.
O assassinato ocorreu em novembro de 2021, no apartamento do casal em Dublin, onde viviam há 15 anos. Diego ligou para a polícia confessando o crime, alegando que achava ter matado sua esposa. Ao chegar ao local, a polícia encontrou o corpo de Fabíola com sinais de agressão, enquanto o brasileiro estava coberto de sangue. Dias antes do homicídio, Diego já havia sido detido e encaminhado para avaliação psiquiátrica, mas decidiu voltar para casa contra as recomendações das autoridades.
Durante o julgamento, um policial envolvido no caso relatou que Diego alegou que decapitou sua esposa porque acreditava que ela estava possuída. Tanto a defesa quanto a acusação concordaram que o acusado se enquadra na categoria de insanidade prevista pela legislação local. A tragédia chocou a comunidade brasileira na Irlanda e levantou debates sobre questões de saúde mental e segurança pública no país.