Esses números fazem parte da terceira edição de uma síntese de indicadores sociais das mulheres, que reúne estatísticas de diversas pesquisas. Vale ressaltar que a desigualdade no acesso ao ensino superior também é evidente entre a população masculina. Os homens brancos de 25 anos ou mais apresentaram um percentual de 24,9% com ensino superior completo em 2022, mais do que o dobro do verificado entre os homens pretos ou pardos da mesma faixa etária, que foi de 10,3%.
Apesar de as mulheres terem uma proporção maior com ensino superior completo na comparação com os homens em geral, a escolaridade maior nem sempre se reflete em melhores oportunidades de trabalho. Em 2022, o rendimento médio habitual de todos os trabalhos para as mulheres foi estimado em R$ 2.303 por mês, equivalente a 78,9% do recebido pelos homens, que foi de R$ 2.920 em média.
A maior diferença de rendimento foi observada no grupo de profissionais das ciências e intelectuais, onde as mulheres recebiam 63,3% da média dos homens. É importante destacar que, ao longo dos anos, houve um aumento na proporção de brasileiros com ensino superior completo. Entre as mulheres de 25 anos ou mais, essa fatia cresceu de 14% em 2012 para 21,3% em 2022, enquanto entre os homens da mesma faixa etária, a proporção subiu de 11% para 16,8%.
Esses dados apontam para a persistência das desigualdades de gênero e raciais no acesso ao ensino superior e no mercado de trabalho, evidenciando a necessidade de políticas públicas mais eficazes para promover a igualdade de oportunidades para todas as mulheres no Brasil.