Segundo o laudo, a morte de Evaldo ocorreu devido a uma hemorragia causada por um tiro na cabeça disparado pelos militares. No entanto, o ministro Amaral utilizou depoimentos de familiares do músico para contestar essa conclusão, sugerindo que Evaldo teria sido atingido por um tiro nas costas durante a primeira ação dos militares.
Essa controvérsia levantada pelo ministro tem como objetivo justificar a redução das penas dos oito militares envolvidos no caso. Amaral alega que as diferenças entre os depoimentos dos familiares e o laudo necroscópico geram dúvidas que seriam suficientes para absolver os militares do homicídio.
O debate sobre o momento exato da morte de Evaldo é fundamental, conforme argumenta o ministro, já que a ação militar foi dividida em dois atos durante a instrução criminal. Amaral defende que se a morte ocorreu durante a primeira ação, os militares agiram em legítima defesa putativa, acreditando estarem sob risco real devido ao roubo de um veículo pelos criminosos.
No entanto, se a morte de Evaldo ocorreu durante a segunda ação, quando o cenário já não apresentava risco aos militares, a condenação seria por homicídio culposo. O ministro sustenta sua posição com base nos depoimentos dos familiares, que indicam que o músico teria perdido as forças logo após o primeiro disparo.
O caso dos militares envolvidos no assassinato de Evaldo Rosa dos Santos continua em julgamento no STM, com divergências entre os magistrados sobre a revisão das penas e a absolvição dos acusados. Resta aguardar o desenrolar desse complexo processo judicial para que sejam esclarecidas as circunstâncias da morte do músico e a responsabilidade dos envolvidos no trágico episódio.