Entre as especialidades mais estudadas por mulheres estão a Oncologia, Alergia, Gastroclínica e até mesmo a Ortopedia, que tradicionalmente é dominada por médicos homens. De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de SP (Cremesp), na área de Ortopedia e Traumatologia, apenas 9% dos médicos ativos são do sexo feminino, em um total de 5346 profissionais atuantes nesse ramo.
A pesquisa clínica desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida das pessoas, e o protagonismo feminino nesse campo é essencial para garantir a representatividade e a diversidade na ciência. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), as mulheres representam 70% da força de trabalho na área da saúde em todo o mundo, evidenciando a importância de sua participação ativa em estudos e pesquisas.
Para o Dr. Fernando Rebouças, diretor do Centro de Desenvolvimento de Ensino e Pesquisa (Cedep) do HSPE, é fundamental estimular a pesquisa desde os estágios iniciais da formação dos profissionais de saúde, incentivando especialmente as mulheres a liderarem pesquisas clínicas. A diversidade de perspectivas e a inclusão de diferentes vozes no campo científico contribuem para a construção de novas narrativas médicas e para o avanço contínuo da medicina.
Diante desse cenário, a presença e o engajamento das mulheres na área da saúde se mostram cada vez mais importantes e necessários, fortalecendo o desenvolvimento da ciência e promovendo avanços significativos na medicina.