Livro didático é destaque na equidade educacional, garantindo acesso universal ao conhecimento de qualidade no Brasil, avaliam especialistas.

O livro didático é considerado uma ferramenta fundamental para garantir a equidade na educação dos estudantes brasileiros, especialmente em um país de proporções continentais como o Brasil. A deputada Professora Goreth (PDT-AP) destacou a importância do livro didático em uma sessão de homenagem realizada no Plenário da Câmara dos Deputados. Segundo ela, o livro vai além da transmissão de conteúdo, atuando como um instrumento de igualdade social ao proporcionar acesso universal ao conhecimento sistematizado.

De acordo com a coordenadora-geral de Materiais Didáticos do Ministério da Educação (MEC), Raphaella Rosinha Cantarino, o Dia Nacional do Livro Didático é comemorado em 27 de fevereiro. Nessa data, em 1929, foi criado o Instituto Nacional do Livro, que posteriormente se tornou o Programa Nacional do Livro Didático. Em 2024, o Ministério da Educação pretende distribuir 194 mil livros para 31 milhões de estudantes, totalizando um investimento de R$ 2 bilhões. O PNLD é considerado o segundo maior programa do mundo, perdendo apenas para a China.

Um dos aspectos positivos do programa brasileiro, segundo a vice-diretora de um colégio do Distrito Federal, Sandra Schaeffer Batista, é a possibilidade de as escolas escolherem o material didático com base em seu projeto político-pedagógico. No entanto, a deputada Professora Goreth ressalta a necessidade de ampliar o número de editoras participantes, especialmente aquelas com foco em conteúdos regionalizados e autores locais.

Por outro lado, o presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado Rafael Brito (MDB-AL), alertou para os ataques que o livro didático vem sofrendo em várias partes do país. Ele citou o exemplo do governo de São Paulo, que substituiu a distribuição de livros físicos por apostilas virtuais. A diretora-executiva da Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais, Renata Muller, defendeu a aprovação do PL 3965/23, que visa regulamentar em lei a política nacional do livro didático.

Em resumo, o debate em torno do livro didático revela a importância desse material para a promoção da equidade, da qualidade e do acesso ao conhecimento entre os estudantes brasileiros, sendo fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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