A vitória do consórcio foi vista como um passo fundamental para a retomada do transporte regional no Brasil, de acordo com Joubert Fortes Flores Filho, presidente da ANPTrilhos, e Vicente Abate, presidente da Abifer. A linha São Paulo-Campinas, com cerca de 101 quilômetros de extensão, promete desafogar o sistema Anhanguera/Bandeirantes, aliviando a chegada de veículos à capital e trazendo benefícios para o desenvolvimento do interior paulista.
A expectativa é que o projeto impulsione outras iniciativas previstas para São Paulo, conectando a capital às regiões de Sorocaba, São José dos Campos e Santos. Além disso, a implementação de um “trem parador” entre Jundiaí e Campinas e a concessão da linha 7-rubi da CPTM fazem parte do pacote de serviços incluídos no edital do leilão.
Para Abate, a escolha de um trem de média velocidade foi acertada e essencial para o sucesso do projeto, destacando a importância de trazer de volta o transporte de passageiros em São Paulo. As obras do trem devem durar cerca de sete anos, com previsão de início das viagens das linhas paradoras em 2029 e do trem expresso em 2031.
Com a retomada do transporte ferroviário, a expectativa é que a indústria nacional também se beneficie, trazendo mais oportunidades de negócios e empregos para o setor. A conclusão bem-sucedida desse projeto pode abrir caminho para novas iniciativas de transporte regional em outras regiões do país, impulsionando a mobilidade urbana e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Brasil.