A investigação destaca que os detentos utilizaram barras de metal para retirar a luminária da parede da cela, o que lhes permitiu acessar uma área de manutenção do presídio conhecida como shaft. Além disso, foram encontrados objetos de metal nas celas e no telhado, que teriam sido utilizados como ferramentas para a fuga.
Após alcançarem o telhado da penitenciária, os fugitivos conseguiram romper a cerca do perímetro interno e externo, utilizando ferramentas encontradas em um tapume próximo à obra em andamento. A investigação destaca que a área não estava iluminada, o que facilitou a fuga dos detentos.
A suspeita de que não estavam sendo realizadas revistas diárias nas celas ou nos detentos reforça as falhas no sistema de segurança da penitenciária. Até o momento, não há registros de apoio imediato após a fuga, porém a polícia federal aponta que a facção criminosa Comando Vermelho estaria oferecendo suporte aos detentos foragidos.
A rede de apoio criada pela facção inclui auxílio para manter os fugitivos em áreas rurais, fornecendo alimentação, transporte e até mesmo armas de fogo. As buscas pelos fugitivos continuam intensas, com mais de 600 policiais envolvidos, incluindo cem integrantes da Força Nacional. A região onde os detentos podem estar escondidos possui desafios como cavernas, matas densas e chuvas frequentes.
Com 17 dias desde a fuga, a polícia acredita que os detentos ainda estejam na região do Rio Grande do Norte, intensificando as buscas na divisa com o Ceará. Apesar das dificuldades, as equipes seguem empenhadas em capturar os fugitivos e garantir a segurança da população.