O relatório aponta que mesmo com a redução do uso de combustíveis fósseis na União Europeia e nos Estados Unidos, as emissões de CO2 continuaram a crescer. Esse cenário vai de encontro à necessidade urgente de reduzir as emissões em cerca de 45% até 2030 para limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme o acordo climático de Paris. Atualmente, a temperatura já aumentou em pelo menos 1,1°C, com o ano passado sendo o mais quente já registrado.
A Índia e a China foram responsáveis por emissões mais altas, compensando as reduções observadas em outras regiões. Essas economias emergentes, ainda fortemente dependentes do carvão, contribuíram significativamente para o aumento das emissões. Por outro lado, países como os EUA e a União Europeia conseguiram reduzir suas emissões relacionadas à energia, mesmo com o crescimento econômico, demonstrando uma mudança positiva.
A AIE aponta que a transição para fontes de energia limpa está desacelerando as emissões relacionadas à energia, graças ao crescimento das energias renováveis, como turbinas eólicas e painéis solares. No entanto, é necessário um esforço adicional para ajudar economias emergentes a investir mais em energias limpas e reduzir sua dependência do carvão.
O diretor executivo da AIE, Fatih Birol, ressaltou a importância dessa transição e a resiliência demonstrada pelo setor energético durante a pandemia e crises energéticas. Apesar dos desafios, a tendência positiva em reduzir as emissões de CO2 relacionadas à energia demonstra que ações efetivas podem impactar positivamente no combate às mudanças climáticas e na busca por um futuro mais sustentável.