Esses dois projetos, um privado e outro público, são extremamente sensíveis para a região amazônica e enfrentam oposição dentro do próprio governo. Mesmo assim, Alckmin e o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), defenderam veementemente essas iniciativas durante a agenda na Suframa.
Alckmin enfatizou a importância do potássio para a produção de alimentos e afirmou que a exploração desse mineral pode ser feita de forma sustentável. Ele destacou a preservação da Mata Atlântica em São Paulo como exemplo de que é possível conciliar desenvolvimento e proteção ambiental.
Por sua vez, a pavimentação da BR-319 tem sido alvo de críticas devido aos impactos ambientais que podem resultar dessa obra. O Ibama já alertou sobre o risco de desmatamento e grilagem de terras decorrentes da restauração dessa rodovia, que corta uma das regiões mais preservadas da Amazônia.
A seca histórica na Amazônia em 2023 intensificou o lobby político pela pavimentação da BR-319, levando o governo a acelerar os processos de licenciamento. Alckmin prometeu medidas para minimizar os impactos ambientais da obra, como antecipar a dragagem de rios na região.
No que diz respeito à exploração de potássio, houve controvérsias envolvendo a licença ambiental, com disputas judiciais sobre a competência do Ibama no licenciamento. A Potássio do Brasil chegou a fazer ofertas controversas aos indígenas muras em troca de apoio ao empreendimento, o que gerou críticas e preocupações sobre a demarcação de terras.
Em suma, a defesa desses projetos por parte de autoridades como Alckmin e Lima reflete a complexidade e os desafios envolvidos no desenvolvimento sustentável da região amazônica. A busca por um equilíbrio entre crescimento econômico e proteção ambiental permanece como um tema central nesse debate em constante evolução.