O biodiesel, produzido a partir de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais, representa uma alternativa aos combustíveis fósseis, contribuindo para a transição energética. Essa decisão visa reduzir a emissão de CO2 na atmosfera em cinco milhões de toneladas, além de diminuir a importação de combustível fóssil.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a medida trará benefícios não apenas ambientais, mas também econômicos, uma vez que reduzirá os gastos com importação do derivado fóssil em R$ 7,2 bilhões. Além disso, o aumento no percentual de biodiesel no diesel é uma forma de fortalecer a segurança energética do Brasil, já que diminui a necessidade de importação de dois bilhões de litros de diesel.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a medida também beneficiará os produtores agrícolas, desde pequenos cooperados até grandes usinas produtoras de biodiesel. Ele ressaltou a importância da reformulação do Selo Biocombustível Social, que visa promover o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, incentivando a agricultura familiar e combatendo as desigualdades regionais.
Para atender à demanda crescente de matéria-prima para a produção de biodiesel, principalmente de soja, o Ministério de Minas e Energia estima que será necessário um aumento de cerca de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando a mistura atingirá 15% no diesel, com a adoção do B15.
A próxima alteração no percentual de mistura de biodiesel está prevista para 1º de março de 2025, quando o diesel passará a ter 15% de biodiesel (B15). Essas medidas visam não só reduzir a emissão de poluentes, mas também promover o desenvolvimento sustentável e a autonomia energética do país.