Para Zequinha, a atitude da UE é uma clara demonstração de hipocrisia, pois o Parlamento Europeu aprovou, em abril de 2023, uma regulamentação cobrando do Brasil a comprovação de que seus produtos não contribuíram para o desmatamento. Ele destacou que essa exigência afeta diversos setores, como o gado, madeira, cacau, café, borracha, óleo de palma e soja, que terão que comprovar a origem sustentável de seus produtos.
O senador também abordou o projeto de sua autoria, o PL 2.088/2023, que propõe a reciprocidade ambiental, estabelecendo que os padrões ambientais exigidos para a disponibilização de bens no mercado brasileiro também sejam aplicados aos produtos europeus. Para Zequinha, esta medida é fundamental para garantir a soberania do Brasil e evitar que o país seja submetido a regras que possam favorecer o protecionismo comercial de outras nações.
Em resumo, o senador enfatizou a importância de se estabelecer um equilíbrio entre as exigências ambientais feitas aos diferentes países, evitando que o Brasil seja prejudicado por critérios injustos. Ele argumentou que a reciprocidade ambiental é essencial para garantir a justiça e a igualdade nas relações comerciais internacionais, protegendo os interesses nacionais e promovendo a sustentabilidade ambiental.
Diante disso, Zequinha Marinho concluiu seu discurso reiterando a importância de se combater o protecionismo disfarçado de preocupação ambiental, defendendo a autonomia e a soberania do Brasil perante pressões externas.