O documento reforça a importância dos profissionais de saúde orientarem a população sobre cuidados básicos, como higiene do órgão genital, realização de autoexames, práticas sexuais seguras com o uso de preservativo, vacinação contra o HPV para jovens de 9 a 14 anos, cirurgia de circuncisão em casos necessários, adoção de uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos, abandono do tabagismo e acesso a programas de cessação do tabagismo.
Segundo Luiz Otávio Torres, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de pênis é uma doença evitável que pode ser prevenida com ações simples. A atenção a feridas persistentes é crucial para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz.
Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do Ministério da Saúde revelam que, nos últimos 10 anos, o Brasil teve em média 645 casos de pênis amputados anualmente. Já os registros de câncer de pênis de 2012 a novembro de 2022 ultrapassaram 21 mil casos no país. O Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostra que, entre 2011 e 2021, houve 4.592 mortes relacionadas ao câncer de pênis, com 478 óbitos em 2021, sendo a faixa etária mais afetada a de 60 a 69 anos.
É essencial que a conscientização sobre a prevenção do câncer de pênis seja ampliada e que a população esteja informada sobre os sinais de alerta e medidas preventivas para reduzir a incidência da doença e suas consequências graves.