De acordo com a denúncia, o furto ocorreu em 7 de setembro de 2023, em pleno feriado da Independência do Brasil. Os militares envolvidos teriam arrombado cadeados e lacres do local, desativado alarmes de segurança e levado as armas. Posteriormente, as armas foram colocadas na caçamba de uma caminhonete e ocultadas.
As metralhadoras furtadas são de alto calibre, sendo capazes de atirar até 550 projéteis por minuto com alcance de dois quilômetros. Algumas dessas armas foram recuperadas em operações conjuntas entre o Exército e a Polícia Civil de São Paulo e Rio de Janeiro, após serem negociadas com facções criminosas.
Os réus militares respondem por peculato, inobservância de lei, regulamento ou instrução, enquanto os civis são acusados de receptação. Os nomes dos civis foram mantidos em sigilo para não prejudicar as buscas.
A investigação sobre o caso começou com o Comando Militar do Sudeste e posteriormente o Ministério Público Militar analisou as provas e formalizou a denúncia. Agora, os próximos passos incluem depoimentos das acusações e das defesas, além da realização de diligências.
Apesar do roubo ter ocorrido em setembro de 2023, o desaparecimento das metralhadoras só foi percebido mais de um mês depois, durante a conferência do armamento no paiol. Cerca de 40 militares foram punidos administrativamente, com prisões disciplinares que variaram de 1 a 20 dias.
O caso continua em segredo de justiça e ainda não há previsão de julgamento dos acusados. Este episódio enfatiza a importância do controle e segurança dos arsenais militares para evitar que armamentos de grande poder de fogo caiam nas mãos de criminosos, colocando em risco a segurança da população.