Debates sobre a linguagem jurídica: a busca pela simplificação sem subestimação das palavras e expressões dos magistrados.

Em tempos atuais, a simplificação da linguagem jurídica tem sido um assunto de destaque. A iniciativa de tornar a linguagem dos magistrados mais acessível e menos formal tem sido bem recebida, mas gera debates sobre a qualidade da escrita. A discussão sobre o uso de termos como “ademais”, “outrossim” e “destarte” ilustra a divergência de opiniões. Enquanto alguns consideram essas palavras arcaicas e fora de uso, outros defendem sua relevância com base em pesquisas linguísticas.

A questão sobre qual é a melhor forma de escrever um texto também é alvo de debate recorrente. Existe uma busca constante por uma “receita de bolo” para a escrita ideal, mas a diversidade de estilos literários e a subjetividade do processo tornam essa busca desafiadora. A inteligência artificial tem sido empregada na padronização de textos, principalmente em documentos técnicos, mas ainda não consegue expressar a complexidade dos sentimentos humanos.

O uso frequente de palavras como “ademais”, “outrossim” e “destarte” em redações do Enem e vestibulares levanta questionamentos sobre a orientação dada aos estudantes. A padronização de conectivos argumentativos nessas redações exemplares pode limitar a criatividade e originalidade dos textos, ao mesmo tempo em que tenta garantir uma estrutura coesa e clara.

É importante ressaltar que a arte de escrever vai muito além do simples corte de palavras ou expressões. Dominar os recursos linguísticos e encontrar o equilíbrio entre simplicidade, expressividade e correção é essencial para uma escrita eficaz. A diversidade de estilos e abordagens na escrita reflete a riqueza e complexidade da linguagem humana, e a busca constante por aprimoramento e conhecimento é fundamental para o desenvolvimento de habilidades escritas.

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