O valor pago mensalmente pela prefeitura, de R$ 400, está congelado desde 2015, mesmo com a inflação acumulada de 105,1% nesse período. A falta de reajuste tem gerado dificuldades para as famílias beneficiadas, que encontram dificuldades para pagar aluguel e outras despesas básicas.
O secretário de Habitação da capital, Milton Vieira, alega que o valor do auxílio não aumentou devido a limitações orçamentárias. No entanto, especialistas apontam que a política de auxílio é ineficaz diante do déficit habitacional da cidade e que o congelamento do valor reflete a falta de capacidade administrativa.
O urbanista Kazuo Nakano e o engenheiro Luiz Kohara sugerem a implementação de um programa de aluguel subsidiado, com valores mais acessíveis, para permitir que as famílias beneficiadas tenham moradia digna. Atualmente, cerca de 21 mil famílias recebem o auxílio na capital, mas apenas uma pequena parcela consegue uma moradia definitiva por meio de programas municipais ou estaduais.
A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão do prefeito Ricardo Nunes, estabeleceu a meta de entregar 49 mil casas até o final de sua gestão, com um total de 120 mil unidades já encaminhadas. A Secretaria Municipal de Habitação ressalta que tem ampliado a produção de moradias para atender às famílias que recebem o auxílio-aluguel, com a entrega de mais de 9.700 unidades habitacionais até o momento e outras 19.523 em construção.
Diante do cenário atual, fica evidente a necessidade de políticas habitacionais mais eficazes e sustentáveis, capazes de proporcionar moradia digna para todos os cidadãos paulistanos que se encontram em situações precárias de habitação. O problema habitacional na cidade requer soluções mais abrangentes e duradouras, que garantam o direito básico de moradia para todos.