Repórter São Paulo – SP – Brasil

Projeto de Lei propõe dispensa de usinas nucleares do pagamento da RGR para melhorar caixa da Eletronuclear, afirma deputado.

O Projeto de Lei 3713/23, que propõe dispensar as usinas nucleares de pagar as quotas da Reserva Global de Reversão (RGR), encargo do setor elétrico cobrado das empresas de energia, está em análise na Câmara dos Deputados. O deputado Julio Lopes (PP-RJ), autor da proposta, argumenta que o encargo afeta diretamente o caixa da Eletronuclear, estatal responsável pela administração das usinas de Angra I e II.

Segundo Lopes, o desembolso referente ao período de julho de 2021 a junho de 2022 totalizou R$ 95 milhões, um valor significativo que impacta no custo de geração dos empreendimentos da empresa. O deputado ressalta que o peso deste encargo é incompatível com as condições ideais para o desenvolvimento da energia nuclear no Brasil.

O PL 3713/23 passará por análise nas comissões de Minas e Energia, Finanças e Tributação, além da Constituição e Justiça e de Cidadania, em um processo que seguirá o caráter conclusivo. Este rito de tramitação dispensa a deliberação no Plenário e envolve apenas as comissões designadas para avaliar o projeto, a menos que haja decisão divergente entre elas ou recurso assinado por 52 deputados solicitando a apreciação da matéria em Plenário.

A proposta levantada por Julio Lopes busca aliviar os custos das usinas nucleares e promover um ambiente mais favorável para o setor de energia nuclear no país. A discussão em torno do PL 3713/23 se torna relevante diante dos desafios e oportunidades presentes na matriz energética brasileira, com reflexos diretos na economia e no desenvolvimento sustentável do país. Acompanharemos de perto os desdobramentos dessa proposta e as possíveis repercussões no setor elétrico nacional.

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