Em 2016, o Índice de Situação Financeira atingiu seu pior resultado, com apenas 29,5 pontos, enquanto a taxa Selic estava em 14,25% ao ano. A situação melhorou em 2020, quando a Selic foi reduzida para 2% ao ano devido à pandemia de covid-19, levando o indicador a atingir seu maior valor, 43,1 pontos. A implementação de programas emergenciais, como o Pronampe e o PEAC, também contribuíram para ajudar as finanças das pequenas indústrias.
No entanto, apesar dessas iniciativas, o Índice de Situação Financeira nunca ultrapassou os 50 pontos, que separam avaliações favoráveis de desfavoráveis. A dificuldade de acesso ao crédito tem sido o principal obstáculo, levando o indicador a fechar 2023 em 42,2 pontos, mesmo com a redução dos juros pelo Banco Central.
Além do acesso ao crédito, as pequenas indústrias também enfrentaram problemas com a carga tributária nos últimos anos. Tanto as empresas do Simples Nacional quanto as médias indústrias reclamaram do peso dos impostos sobre o faturamento. Ao final de 2023, os principais problemas apontados pelas pequenas indústrias foram a carga tributária elevada, a demanda interna insuficiente e a competição desleal.
Apesar dos desafios, o setor de pequenas indústrias tem apresentado crescimento, com um aumento no número de empresas e na geração de empregos. Programas de apoio do governo, como o Novo Brasil Mais Produtivo e o Procompi, têm contribuído para impulsionar esse crescimento. A pesquisa Panorama da Pequena Indústria é realizada a cada três meses, consultando aproximadamente 900 empresários de indústrias de pequeno porte em todo o país para oferecer um retrato fiel da situação do setor.