A renúncia de Shtayyeh ocorre em um momento de intensa pressão dos Estados Unidos sobre o presidente Mahmoud Abbas, instando-o a realizar mudanças na Autoridade Palestina. A comunidade internacional tem intensificado esforços para encerrar os confrontos em Gaza e estabelecer uma estrutura política para governar o enclave após o conflito armado.
Para que sua renúncia seja efetiva, Shtayyeh ainda precisa ter sua renúncia aceita por Abbas, que poderá solicitar que ele permaneça como primeiro-ministro interino até a nomeação de um sucessor definitivo.
Em sua declaração, Shtayyeh ressaltou a necessidade de novos arranjos políticos e governamentais que considerem a realidade em Gaza, que sofreu intensos combates nos últimos cinco meses. Ele também mencionou a importância de estender a autoridade da Palestina sobre todo o território.
A Autoridade Palestina tem exercido um governo limitado sobre partes da Cisjordânia, mas perdeu o controle de Gaza para o Hamas em 2007. As facções Fatah e Hamas têm buscado um acordo de unidade governamental, com uma reunião prevista para acontecer em Moscou.
Um representante do Hamas afirmou que a renúncia de Shtayyeh só fará sentido se houver um consenso nacional sobre os próximos passos políticos. Israel, por sua vez, prometeu destruir o Hamas e se recusa a permitir que a Autoridade Palestina governe Gaza após o conflito.
Até o momento, o número de mortos entre os palestinos em Gaza ultrapassa 30 mil, com milhares de pessoas deslocadas de suas casas. A situação na região segue instável, e é crucial encontrar uma solução política para encerrar o conflito e buscar a paz duradoura entre Israel e Palestina.