Analistas apontam que o real e outras moedas latino-americanas ainda estão sob pressão devido às expectativas em torno dos cortes de juros pelo Federal Reserve. A agenda econômica internacional é aguardada com ansiedade, com destaque para a divulgação do PIB americano e do índice de preços de gastos com consumo nesta semana. No Brasil, o IPCA-15 de fevereiro também está na mira dos investidores.
O mercado operou com cautela e liquidez reduzida, com o dólar à vista fechando a R$ 4,9815, em queda de 0,23%. O contrato de dólar futuro para março teve movimentação modesta, refletindo a expectativa dos investidores. A economista Cristiane Quartaroli destaca a importância da divulgação do PCE dos EUA e ressalta que a taxa de câmbio ainda está em níveis elevados.
No cenário internacional, o dólar teve desempenho misto em relação a outras moedas, com o índice DXY operando em queda moderada. As moedas latino-americanas tiveram valorização, exceto o peso chileno. O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, alerta para o impacto da inflação nos EUA nas moedas emergentes.
A balança comercial brasileira também teve destaque, com superávit de US$ 1,484 bilhão na última semana de fevereiro. No ano, o superávit acumulado é de US$ 11,097 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A expectativa dos investidores segue atenta às movimentações do mercado internacional e às próximas divulgações econômicas.