Os resultados obtidos pela Fundação Itaú revelaram que aproximadamente 7% dos trabalhadores brasileiros estão envolvidos em atividades intensivas em matemática. Em comparação com outros países, como França, Reino Unido e Países Baixos, esse percentual é menor, o que reflete as diferenças na estrutura produtiva e na composição da mão de obra em cada país. Enquanto na França, por exemplo, os engenheiros representam 39% dos empregos relacionados à matemática, no Brasil essa proporção é de apenas 12%.
É importante ressaltar que os trabalhadores da matemática no Brasil estão concentrados principalmente em áreas de serviços administrativos e de tecnologia da informação, em detrimento de setores mais tradicionalmente ligados à inovação e desenvolvimento tecnológico. No entanto, esses profissionais têm sido beneficiados pelo aumento do nível de escolaridade da população, com 62% possuindo ensino superior em 2023, em comparação com 41% em 2012.
Apesar dos avanços, as disparidades de gênero e raça ainda são evidentes nesse universo. A participação feminina nos rendimentos da área da matemática é menor do que nos rendimentos totais, com as mulheres representando apenas 26% dos rendimentos na área da matemática a partir de 2019. Além disso, o rendimento médio dos homens nesse setor é 1,3 vez maior do que o das mulheres, refletindo as desigualdades de oportunidades entre os gêneros.
O estudo completo está disponível no site da Fundação Itaú, onde são apresentadas todas as conclusões e análises sobre a importância econômica da matemática no Brasil.