Segundo o material jornalístico, informantes alertaram agentes americanos sobre supostas conexões entre grupos de traficantes e aliados do presidente mexicano, inclusive alegações de que esses assessores teriam recebido US$ 4 milhões. Apesar da investigação, não foram encontradas evidências de uma ligação direta entre o presidente e organizações criminosas, e o governo dos Estados Unidos não abriu formalmente um inquérito.
Em meio a críticas e controvérsias, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou que não há uma investigação em andamento contra López Obrador. No entanto, a atitude do presidente mexicano de expor publicamente o contato do jornalista responsável pela matéria foi duramente questionada pelo The New York Times, que considerou a ação inaceitável.
Além disso, o Instituto Nacional de Transparência, Acesso à Informação e Proteção de Dados Pessoais (INAI) do México está avaliando se a ação de vazar o número constitui uma violação da lei de proteção de dados. Essa atitude de atacar um jornalista surge em um momento em que a liberdade de imprensa e a segurança dos profissionais da mídia estão cada vez mais ameaçadas.
Essa não é a primeira vez que López Obrador se vê envolvido em controvérsias relacionadas ao jornalismo. Recentemente, o presidente também atacou um repórter da ProPublica que investigava doações de cartéis de drogas para sua campanha presidencial em 2006. A atitude de descredibilizar jornalistas e tentar minar a liberdade de imprensa levanta preocupações sobre o comprometimento com a transparência e a democracia no México.