Segundo relatos, o jornalista Daniel Nascimento foi agredido e ofendido por Letícia e sua mãe. A discussão teve início devido a um incidente na fila do caixa do supermercado. Daniel afirmou que a mulher que estava na fila à sua frente saiu para ficar com a filha dela, Letícia, que aguardava em outra fila. Ao tentar retornar para a frente de Daniel, a discussão teve início, culminando nas ofensas racistas e agressões por parte de Letícia.
Em entrevista à Folha, Daniel relatou que a mulher o insultou, chamando-o de “neguinho feio” e agrediu-o com arranhões e socos. Em um vídeo gravado por Daniel, é possível ouvir a mulher xingando e ofendendo o jornalista, gerando indignação entre os presentes no local. Pessoas que estavam em outros caixas também defenderam Daniel, que reagiu às agressões em legítima defesa.
Após o ocorrido, Letícia foi conduzida à 52ª DP de Nova Iguaçu e autuada em flagrante por injúria racial. No entanto, em audiência de custódia, a Justiça concedeu a liberdade provisória à acusada, desde que respeite algumas medidas, como não entrar em contato e se aproximar das vítimas e testemunhas, além de não sair da cidade por mais de 15 dias.
A situação desencadeou reflexões por parte de Daniel, que afirmou que espera que a Justiça seja feita e que está disposto a ir até as últimas consequências para que o que aconteceu com ele sirva de alerta para outras pessoas que passam por situações similares.
Apesar da liberdade provisória concedida, o caso serve como exemplo da realidade do racismo que ainda persiste na sociedade, trazendo à tona a importância do combate e da denúncia de situações de injúria racial. A expectativa é que os desdobramentos judiciais do caso sirvam como alerta e estimulem a conscientização e combate ao racismo.