A autorização para a quebra de sigilos foi concedida pelo ministro na terça-feira, atendendo a pedido da Polícia Federal com aval da PGR. No despacho, Fux destacou que os indícios de prática criminosa estão bem descritos na representação da Autoridade Policial, indicando uma possível ação conjunta dos investigados no suposto esquema criminoso.
O escândalo veio à tona após a divulgação de um áudio em que Janones solicita aos seus assessores o repasse de parte de seus salários para ajudar a cobrir prejuízos com a campanha eleitoral de 2016, na qual ele concorreu à prefeitura de Ituiutaba (MG) e não foi eleito. Alguns dos assessores a quem Janones enviou o áudio ainda trabalham com o parlamentar e foram ouvidos pela PF no caso. Essas divergências nos depoimentos foram apontadas como justificativa para as quebras de sigilo.
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do deputado, porém, até o momento, não obteve retorno. Desde que o caso veio à tona, Janones nunca negou a autoria do áudio, alegando que a mensagem seria uma espécie de “vaquinha” para cobrir gastos de campanha. Em janeiro, quando a PF pediu a quebra dos sigilos, Janones publicou uma nota estranhando a solicitação, afirmando que já havia colocado os documentos à disposição desde o início das investigações.
O deputado afirmou estar confiante de que será absolvido e, em dezembro, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu um processo contra Janones após representação do PL.
