Os Estados Unidos justificaram o veto afirmando que a proposta de cessar-fogo prejudicaria as negociações em andamento e não contribuiria para “trazer sossego” à região. A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, alegou que pedir um cessar-fogo incondicional e imediato, sem exigir a libertação dos reféns, não traria paz duradoura à região. Ela destacou que, há meses, os Estados Unidos trabalham em conjunto com o Egito e o Catar para obter um acordo “sustentável”.
Entretanto, a proposta da Argélia não condicionava o cessar-fogo à libertação dos reféns. Ao votar contra, os Estados Unidos propuseram uma alternativa, condicionando o cessar-fogo temporário à libertação dos reféns. A embaixadora também argumentou que, se aprovada, a resolução alternativa dos EUA seria a primeira a condenar o grupo Hamas pelos ataques de outubro e que o Hamas não teria lugar na governança futura de Gaza.
A resolução argelina propunha um cessar-fogo imediato sem condições, enquanto os Estados Unidos defendiam um cessar-fogo temporário condicionado à libertação dos reféns pelo Hamas. Segundo a embaixadora americana, o texto alternativo dos EUA condenaria o Hamas e proporia condições para garantir a dignidade e a livre determinação do povo palestino.
Apesar dos esforços e das preocupações com a crise humanitária na Faixa de Gaza e as tensões entre Israel e o grupo Hamas, a falta de consenso no Conselho de Segurança da ONU levou ao veto dos Estados Unidos à proposta da Argélia. A situação na região permanece tensa e com poucas perspectivas de um cessar-fogo iminente. A diplomacia internacional continua a enfrentar desafios para encontrar uma solução sustentável e duradoura para o conflito em Gaza.