Um dos casos ressaltados por Paim foi o de um homem negro que foi detido pela polícia militar do Rio Grande do Sul após ser vítima de uma tentativa de homicídio por um homem branco no último sábado (17). Além disso, o senador também mencionou um incidente que ocorreu em Salvador durante o Carnaval, no qual um jovem negro foi agredido por seguranças sob uma falsa acusação de roubo.
Esses exemplos, segundo o senador, são alarmantes e demonstram a realidade repugnante do racismo que permeia todo o país. Paim ressaltou ainda que estudos revelam que os negros representam uma parcela alarmante dos mortos pela polícia em diversos estados brasileiros, evidenciando a violência sistemática e desproporcional enfrentada por essa comunidade.
O senador destacou a aprovação no Senado, em 2020, do projeto que veda a conduta de agente público fundada em preconceito de qualquer natureza, especialmente de raça, origem étnica, gênero, orientação sexual ou culto religioso. No entanto, o parlamentar criticou o fato da proposta ter sido “engavetada” na Câmara dos Deputados, ressaltando a necessidade de votação urgente do projeto na casa.
Paim fez questão de enfatizar a importância da abordagem do policial, ressaltando que, enquanto o mundo todo debate e se adapta aos novos tempos, no Brasil a abordagem policial permanece a mesma de décadas atrás. Para o senador, a votação e implementação desse projeto são fundamentais para a modernização e adequação da abordagem policial ao contexto atual.
As declarações do senador Paulo Paim refletem a urgência em enfrentar e combater o racismo estrutural que persiste no Brasil, permeando diversas esferas da sociedade e afetando a vida de milhares de brasileiros. A discussão levantada por Paim reforça a necessidade de ações concretas e efetivas para garantir a igualdade e a justiça para todos os cidadãos, independentemente de sua cor ou origem.
